Epigenética: Passo 1 do Autismo
Nesta semana do autismo em 2019, Dra. Tielle Machado nos presenteou com lives falando de seus estudos sobre o Autismo. Nós do Neuroganho somos fãs do trabalho dela e comungamos dos mesmos entendimentos sobre como o Autismo deve ser abordado.
Assim, uma vez que o conteúdo foi muito significativo, mas a live não está mais disponível para ser assistida, tomamos a liberdade de compartilhar este breve resumo que fizemos de cada um dos passos:
Passos para desvendar o quebra-cabeças não só do autismo, mas também de outras síndromes que tem comprometimentos neurológicos:
Passo 1: Genética é importante mas epigenética é mais importante!
O que é epigenética?
Epigenética é a possibilidade de “ligar” ou “desligar” um gene através de intervenções ambientais: A alimentação, a exposição à poluição, o uso de drogas, a prática de exercícios, dentre outros fatores ambientais podem servir para alterar algumas funções dos genes, deixando "marcas epigenéticas".
Exemplo prático: Alguém que não tem diabetes na família, se comer só carboidratos, pode ficar diabético. Da mesma forma, um diabético que fizer a dieta com restrição de carboidratos, cetogenica, lowcarb ou alguma outra pode ter muitos ganhos até baixar sua glicose.
Alterações na dieta funcionam em muitos casos de pessoas com autismo e outras síndromes que tem comprometimento neurológico. Cortando alguns alimentos, a melhora é perceptível.
Aqui aproveitamos para agregar os conhecimentos dos Institutos Véras, responsáveis no Brasil pela avaliação das crianças e jovens, e prescrição do programa de organização neurológica. Pelo programa de organização neurológica, estas intervenções incluem retirar da alimentação tudo que inflama o cérebro: glutamato, adoçantes artificiais, corantes artificiais, aromatizantes artificiais, conservantes artificiais, etc
Aqui também aproveito para agregar outros conhecimentos da medicina ortomolecular / integrativa: substituir panelas de alumínio para quem tem elevação de alumínio, observar se há ingestão de chumbo, arsênico, formaldeído e todos os outros químicos neurotóxicos. Se possível suspender produtos OGM e com agrotóxicos.
Estes pontos são tão importantes que retornam no passo 4: no controle da neuro-inflamação.
Aqui faço uma homenagem aos pais, mães e familiares de crianças e jovens com autismo e outros comprometimentos neurológicos. Seu trabalho de detetive para juntar as peças do quebra-cabeças é fundamental para o sucesso do desenvolvimento de sua criança.
Nas próximas postagens abordaremos cada um dos passos seguintes para ganho de qualidade de vida das pessoas com autismo e seus familiares.
Lembramos que qualquer intervenção nutricional deve ser acompanhada por profissional habilitado responsável. Esta postagem é apenas informativa e não substitui qualquer tratamento, aconselhamento ou acompanhamento por profissional qualificado. Procure seu profissional de confiança.